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Vantagens de uma cadeia de fornecimento para a empresa

Supply Chain e seus principais atributos e desafios no setor

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O que é Cadeia de Suprimentos (Supply Chain)?

Supply Chain (cadeia de suprimentos) é uma rede de relacionamento e mais modernamente, uma rede de cooperação, que pode ser Local ou Global, usada para fornecer produtos e serviços a partir de materiais, peças e matérias-primas, aos clientes finais por meio de um fluxo de informações, de materiais e pagamentos.


 

Qual a importância e os benefícios de uma boa gestão de Supply Chain?

 

O gerenciamento da cadeia de suprimentos tem como objetivo, criar valor e construir uma infraestrutura competitiva para atingir os resultados previamente discutidos nas Estratégias de Negócio e Comerciais. Os benefícios são inúmeros, mas podemos classificar em: benefícios para o Negócio, para a Operação, para as Pessoas e benefícios financeiros, sempre em uma visão de curto, médio e longo prazo.

Neste artigo, nos concentraremos nos benefícios financeiros obtidos de uma adequada gestão da Cadeia de Suprimentos: aumento do faturamento por maior disponibilidade de produtos, redução do nível de estoque em dias, redução do valor do estoque, redução de perdas de estoque e incinerações, maior controle do orçamento de compras de materiais produtivos, visão do Balanço Patrimonial e Demonstrativo de Resultados, gerando ações de correção na gestão da cadeia, melhor fluxo de caixa, desenvolvimento de orçamentos mais precisos, maior controle de custos e despesas, desenvolvimento de estratégias de precificação, conhecimento da Margem de Contribuição Unitária MCU e Margem de Contribuição Horária MCh, créditos a Carlos Kassai, redução do Custo das Mercadorias Vendidas ou do inglês, Cost of Goods Sold COGS, e controle de investimentos, através do desenvolvimento do Capital Expenditure CAPEX ou Investimentos de Capital.


 

Como a Supply Chain funciona dentro da empresa?

Tudo começa no Cliente, com uma demanda de um produto e uma expectativa quanto ao serviço que será oferecido. O desafio frente às demandas de produtos é equilibrar a demanda com a oferta da empresa, e atender as expectativas do cliente no que se refere ao serviço, sendo eficaz. No processamento ou na Produção, buscar maior eficiência e consequentemente garantir a sustentabilidade do negócio, e a busca constante de redução de custos, garantindo o lucro para a empresa e a sua sobrevivência.

E também como parte da gestão da cadeia de suprimentos, observando o relacionamento entre Fornecedores, o Produtor ou Empresa Núcleo e o Consumidor, temos a Logística de Suprimentos, logística Interna e Logística de Distribuição. E para o fluxo reverso de produtos a Logística Reversa.

Desta forma, quando falamos de Gerenciamento da Cadeia de Suprimento ou Supply Chain Chain Management, estamos falando de uma abrangência além dos limites da empresa.

Basicamente, em uma cadeia de suprimentos existem seis fluxos, desde o Fornecedor até o Consumidor Final, podendo estes fluxos serem em diversos sentidos. São eles: Fluxo de Informações, Fluxo de Materiais, Fluxos de Pagamento, Fluxo Reverso de Produtos, Fluxo de Pedido e Fluxo Fiscal, como pode ser visto na Figura 1.

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As redes de suprimentos se tornam mais complexas na medida em que o número de elos, número de participantes e número de produtos ofertados aumenta, tornando um grande desafio estratégico para o negócio, como por exemplo na Figura 2.

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Em poucas palavras, ela existe para entregar produtos e serviços ao cliente na quantidade e qualidade prometidas e ao menor custo.

As estratégias de Supply Chain são desenvolvidas com base nas estratégias de negócio, ou seja, vários inputs vêm dos planos da Empresa para competir em seu ambiente de negócios, além de aspectos relacionados à gestão da organização, o desenvolvimento de capacidades, de forma que alcance os objetivos financeiros. Minha experiência e vivência tem mostrado que o sucesso das iniciativas de Supply Chain depende dos seguintes fatores: ter um bom Projeto, uma Implementação excelente, Execução com disciplina e Melhorias Contínuas devem ser aplicadas. A falha ou não tratamento adequado em qualquer uma destas fases, resultará em não sucesso da iniciativa na área.

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Principais áreas de integração do profissional de Supply Chain

O maior engano é imaginar que o profissional da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain), pode atuar de forma isolada e sem dependência direta de outras funções e também, além das fronteiras de sua própria Organização. Porém, o sucesso depende diretamente do nível de integração com as outras áreas, entre outros fatores.

Dentro da Organização o profissional de Supply Chain interage ativamente com: Vendas, Marketing e Desenvolvimento de Produto, e através do processo de Introdução de Novos Produtos – NPI New Product Introduction, o sucesso do lançamento de produtos será certo, TI – Tecnologia da Informação, Recursos Humanos, Contabilidade e Custos, Jurídico, pois os relacionamentos são formais entre as partes, na cadeia de suprimentos, através do estabelecimento de Contratos com os participantes: fornecedores, parceiros e clientes.

Além das áreas citadas, Supply Chain também se integra com a área financeira, pois o foco deve ser o resultado financeiro da Organização. Financeiramente, é importante conhecer a Estrutura de Custos, que é influenciada por alguns fatores, como: o nível de serviço ao cliente, salários, nível de terceirização de serviços; número, tamanho e localização dos ativos, como: fábricas e Centros de distribuição; e o Modelo Operacional adotado: make-to-stock, make-to-order, engineering-to-order, e outros.

Ainda sob o foco financeiro, analisar o Balanço Patrimonial, principalmente os Ativos e Valor do Estoque, o Demonstrativo de Resultados, analisando Receitas, Despesas, Margem de Contribuição Unitária – Mcu, Margem de Contribuição Horária – MCh, Custo das Mercadorias Vendidas, ou, em inglês, Cost of Goods Sold – COGS, apuração de Impostos, e o Lucro Líquido. Parece incrível, mas é comum focar no faturamento mensal, principalmente se há uma tendência de crescimento, sem ver a apuração de Lucro, no mesmo período.

Também é fundamental o desenvolvimento de um Plano Orçamentário, Plano de Investimentos ou CAPEX Capital Expenditure, e a consequente Depreciação calculada segundo critérios e valores dos investimentos.

E a área Tributária, pois a existência do Fluxo de Materiais ou a movimentação de materiais, deverá necessariamente haver uma transação fiscal, definida através do Fluxo Fiscal. Portanto o relacionamento entre Supply Chain e Tributário é natural e faz parte do dia a dia, uma vez que as mudanças são dinâmicas na definição de impostos no Brasil.

Principais áreas de integração do profissional de Supply Chain

O maior engano é imaginar que o profissional da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain), pode atuar de forma isolada e sem dependência direta de outras funções e também, além das fronteiras de sua própria Organização. Porém, o sucesso depende diretamente do nível de integração com as outras áreas, entre outros fatores.

Dentro da Organização o profissional de Supply Chain interage ativamente com: Vendas, Marketing e Desenvolvimento de Produto, e através do processo de Introdução de Novos Produtos – NPI New Product Introduction, o sucesso do lançamento de produtos será certo, TI – Tecnologia da Informação, Recursos Humanos, Contabilidade e Custos, Jurídico, pois os relacionamentos são formais entre as partes, na cadeia de suprimentos, através do estabelecimento de Contratos com os participantes: fornecedores, parceiros e clientes.

Além das áreas citadas, Supply Chain também se integra com a área financeira, pois o foco deve ser o resultado financeiro da Organização. Financeiramente, é importante conhecer a Estrutura de Custos, que é influenciada por alguns fatores, como: o nível de serviço ao cliente, salários, nível de terceirização de serviços; número, tamanho e localização dos ativos, como: fábricas e Centros de distribuição; e o Modelo Operacional adotado: make-to-stock, make-to-order, engineering-to-order, e outros.

Ainda sob o foco financeiro, analisar o Balanço Patrimonial, principalmente os Ativos e Valor do Estoque, o Demonstrativo de Resultados, analisando Receitas, Despesas, Margem de Contribuição Unitária – Mcu, Margem de Contribuição Horária – MCh, Custo das Mercadorias Vendidas, ou, em inglês, Cost of Goods Sold – COGS, apuração de Impostos, e o Lucro Líquido. Parece incrível, mas é comum focar no faturamento mensal, principalmente se há uma tendência de crescimento, sem ver a apuração de Lucro, no mesmo período.

Também é fundamental o desenvolvimento de um Plano Orçamentário, Plano de Investimentos ou CAPEX Capital Expenditure, e a consequente Depreciação calculada segundo critérios e valores dos investimentos.

E a área Tributária, pois a existência do Fluxo de Materiais ou a movimentação de materiais, deverá necessariamente haver uma transação fiscal, definida através do Fluxo Fiscal. Portanto o relacionamento entre Supply Chain e Tributário é natural e faz parte do dia a dia, uma vez que as mudanças são dinâmicas na definição de impostos no Brasil.

Principais mudanças e tendências de Supply Chain na última década

 

A humanidade tem percebido mudanças significativas nesta última década. Mudanças estas difíceis de absorver, não só no mundo corporativo, mas também na nossa vida cotidiana. E na nossa área estas foram as principais mudanças que eu observei e que me obrigaram a mudar certos paradigmas, a forma como solucionamos problemas e até a forma como gerenciamos as pessoas, certo de que este é um caminho sem volta e que exige constante renovação em nosso aprendizado. Abaixo, temos as principais transformações do setor:

Do uso do Servidor para o uso da nuvem: permitiu o processamento flexível, escalável e de baixo custo. Do uso limitado de dados para o uso de Megadados ou Big Data, permitindo o desenvolvimento de um Supply Chain Analitics e a grande transformação em Supply Chain é ser guiado por dados, ou seja, ser Data-driven. Mudança do foco em processos e sistemas para a implementação de tecnologias: internet das coisas, IA, machine learning, biometria, robótica, wearables, geolocalização, 5G e muitas outras tecnologias disponíveis e ditas disruptivas.

Saída do modelo operacional orientado por previsão de demanda (forecast driven) e adoção do modelo guiado pelo consumo (demand driven). Tendência ao minimalismo, a partir de uma tendência de sermos Maximalistas na gestão e outros aspectos, tornando as coisas mais fáceis, didáticas, mais simples e ao menor custo. Mudança na área de planejamento: a partir do conceito de MRP – Material Requirement Planning para o DDMRP – Demand-driven Material Requirement Planning, guiado pela demanda dos clientes. Multicanalidade ou Omnichannel, onde a pandemia serviu como um agente catalizador e que foi acelerado pelas empresas como meio de sobrevivência. Do estabelecimento e revisão de processos, para a automatização de diversos processos através de RPA – Robotic Process Automation.

Do uso do papel e meio físico para o Digitalizado e adotando o e-commerce como meio de Digitalização do negócio, e do Analógico para o Digital em negócios verdadeiramente inovadores. Mudança de comportamento dos indivíduos e das empresas: trabalho cooperativo, com compartilhamento de dados para cooperação em toda a cadeia, a chamada cadeia ponta a ponta ou End-to-End Supply Chain. Foco nas pessoas, e muito mais do que isso, foco nas Equipes, e o desenvolvimento de uma verdadeira cultura de inovação e criatividade. Migração dos ambientes de segregação para ambientes de diversidade e inclusão, em seus diversos aspectos: raça, gênero, opção sexual, cor ou religião.

No desenvolvimento de novos produtos, novos projetos, da metodologia de cascata e os conhecidos Gráficos de Gantt para a aplicação de Metodologias Ágeis ou Gestão Ágil, como por exemplo o Scram, que verdadeiramente faz com que as pessoas tenham como consequência da aplicação destes frameworks, o trabalho com mais produtividade e realizem suas tarefas em menor tempo, com altos níveis de motivação, como foi demonstrado diversas vezes em minha carreira, através da aplicação de apenas alguns componentes das Metodologias Ágeis.

O Quadro 1 resume esta transformação em Supply Chain nesta última década (aproximadamente):

2010

  • Servidor

  • Poucos dados

  • Foco em Processos e Sistemas

  • Forecast-driven

  • Sistema Empurrado - Push

  • "Maximalismo"

  • MRP - Material Requirement Planning

  • Canal único

  • Processos

  • Gestão Visual

  • Papel

  • Analógico

  • Formas de pagamento convencionais

  • Indivíduo/Empresa isolada

  • Pessoas

  • Segregação

  • Pensamento e Carreira Linear

  • Métodos em Cascata- Waterfall

2020

  • Nuvem

  • Uso de Megadados -  Big data - Supply Chain Analytics

  • Tecnologia - IoT, IA, Machine Learning, Biometria, Robótica, Wearables, Geolocalização, Control Tower, 5G e muitas outras

  • Demand-driven e Data-driven

  • Sistema Puxado - Pull

  • Minimalismo - Tornar as coisas didáticas. Buscar o simples ao menor custo

  • DDMRP - Demand-driven

  • Multicanalidade - Omnichannel

  • RPA Robotic Process Automation

  • Control Tower

  • Digitalizado

  • Digital

  • Avanço nas formas de pagamento

  • Cooperação

  • Cultura da Inovação e Criatividade

  • Diversidade e Inclusão

  • Pensamento Não Linear

  • Metodologias Ágeis - Gestão Ágil

Conclusão e reflexão final

 

Tendo em vista o cenário de alta complexidade, as incertezas e as adaptações necessárias ao longo da jornada de transformação ou Supply Chain Digital Transformation, tornando-a Data-driven, a aplicação de Metodologias Ágeis – Scrum é a melhor alternativa, abandonando as Metodologias em Cascata, tornando-a mais eficiente para aprimorar a Experiência do Cliente  e inserindo as pessoas em uma verdadeira Cultura da Inovação, Criatividade e com o pensamento no futuro.

 

As empresas pequenas devem ter pensamento de empresas grandes e suas ineficiências devem ser tratadas e reduzidas, caso contrário, estas vão crescer exponencialmente, inviabilizando o crescimento e talvez o próprio negócio. Empresas médias deveriam iniciar um Plano Estratégico de Supply Chain, alinhado às Estratégias de Negócio, para garantir o seu futuro e sustentabilidade. E as empresas grandes, com necessidade de estruturação ou reestruturação, deveriam iniciar imediatamente a mudança, rumo ao Digital Supply Chain Transformation.

 

E para finalizar “Quem não pensa sobre o futuro, resolve o presente com as ferramentas do passado”, mesmo que seja uma utopia, pois “Quem não se inspira nas utopias, resolve o presente com a ferramentas do passado”, como fala o pensador sobre o futuro, Tiago Mattos.

 

 

Fontes:

 

APICS CSCP Module 1 – Supply Chain Design Book 1 of 2

APICS CSCP Module 1 – Supply Chain Design Book 2 of 2

APICS CSCP Module 1 – Supply Chain Planning and Execution Book 1 of 2

APICS CSCP Module 1 – Supply Chain Planning and Execution Book 1 of 2

SCRUM A Arte de Fazer o Dobro do Trabalho na Metade do Tempo – Jeff Sutherland

SEBRAE – Tendências de Transformação Digital

www.kassai.com.br

Tiago Mattos da Aerolito

Por Carlos Eduardo Corrêa Coimbra, da New Vision Cosméticos.

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